Quem trabalha com conteúdo sabe que é difícil encontrar nas fotos de bancos de imagem mulheres que não sejam estereotipadas como a gorda doente, a magra feliz comendo salada ou a mulher negra hiperssexualizada. Mas para quem trabalha com orçamento limitado e não tem verba para contratar um fotógrafo, muitas vezes são o único recurso disponível.
Pensando nisso a consultoria 65|10 lançou o Projeto Mulheres (In)visíveis, o primeiro banco de imagens feito para retratar diversidade da mulher brasileira, reunindo fotos de negras, trans, gordas e lésbicas, entre outras.
Até o momento o projeto conta com 100 fotografias criadas em parceria com o coletivo Catsu Street, que já fazia um trabalho focado em desmistificar a representação das mulheres negras na fotografia de moda. As fotos estão disponíveis nos sites da Adobe Fotolia e Adobe Stock, a intenção é usar a renda para expandir o projeto e adicionar fotos de mulheres idosas e portadoras de necessidades especiais, por exemplo.
Tendo em vista um cenário no qual 65% das mulheres não se identificam com a forma que são retratadas nas propagandas, o objetivo do projeto vai muito além de vender imagens, ele abre uma discussão sobre a falta de diversidade na publicidade e na moda.
Há ainda outra forma de ajudar esse projeto a crescer. Até 18 de agosto marque com a hashtag #Instamission343 as fotografias das mulheres que você gostaria de ver na mídia. As melhores fotos ficarão disponíveis em um banco de imagens gratuito para serem usadas dentro das regras do Creative Commons. Esta etapa do projeto é uma parceria entre a 65|10 e a Contente, que criou o perfil @instamission de missões fotográficas semanais no Instagram.
Site do projeto: www.mulheresinvisiveis.com
Galeria de fotos: https://stock.adobe.com
Instamission: www.instagram.com/instamission