O Pop Plus #35 contou com debates apresentados pela empresária Amanda Momente (@amomente), CEO da Wonder Size (@wondersizebr), com o tema“Sem Limite no Esporte, nos palcos e na vida”.
No domingo (03), participaram da conversa a sambista, advogada e integrante da comunidade Wonder Size, Deborah Biela (@deborahbiela); a bailarina Julia Del Bianco (@judelbi) e a empreendedora, influenciadora e dona da marca LaLeme (@uselaleme), Thalita LaLeme (@thalita_laleme).
Amanda Momente abre o bate-papo observando que pessoas gordas são oprimidas mesmo quando são pioneiras e referências em suas áreas: “Por mais talento que a gente tenha, somos oprimidas. E eu entendi que ter limites não combina comigo”.
Seguindo a linha, Julia Del Bianco conta que resolveu colocar seu trabalho como bailarina na internet quando entendeu que não queria se esconder. Sa mesma forma que Thalita LaLeme, que conta que sua maior crença é que mulheres gordas podem estar em todos os lugares que quiserem.
A sambista Deborah Biela introduz o assunto sobre como o corpo feminino é tratado na dança. E que a mulher gorda muitas vezes é diminuída e limitada: “O carnaval é um meio de muita sexualização do corpo feminino, e você não vê uma mulher gorda ali. Quando começamos a conquistar espaço, as pessoas já querem nos esconder”.
Momente concorda, e conta que quando decidiu a lançar a Wonder Size foi vista como inferior: “As pessoas falavam que era sobre legging e ‘blusinhas’. Eu sentia muita opressão, especialmente nos negócios”.
Del Bianco conta que dificilmente é conhecida pela sua profissão em suas cidade de orige, e que ainda sofre julgamentos quando sai na rua vestida com seu estilo: “Consigo contar quantas pessoas me encaram quando saio com uma saia mais curta, por exemplo”.
Momente se orgulha em dizer que entendeu, em determinado momento, que precisava se apropriar de quem era: “A gente nunca acha que chegou lá”. Deborah também é defensora de ocupar espaços e celebrar seus corpos: “Quer mostrar o corpo? Mostre. Ele não te limita, ele te realiza”.
Para Thalita, o maior conselho é se apropriar dos seus desejos, apesar do medo. “Eu prefiro sofrer gordofobia lá fora, mas sabendo que estou representando uma galera que vem atrás de mim. Sempre que a gente se esconde, a gente se sabota, a gente deixa passar a oportunidade de outra mulher, outra criança gorda se identificar e seguir o caminho dela. Tentam colocar a gente no limite todos os dias, mas nós escolhemos sair dessa caixinha”.
Quer assistir essa conversa na íntegra? Veja o debate “Sem Limite no Esporte, nos palcos e na vida” no nosso canal no youtube.