Cabe o Gordo? Conheça projeto que mapeia estabelecimentos acessíveis para pessoas gordas

Falamos extensivamente sobre os impactos da gordofobia em uma população que representa grande parte dos brasileiros. Aos poucos vimos a moda se adequar e o preconceito dentro de hospitais e consultórios médicos sendo denunciado, mas a questão da acessibilidade, que é bem ampla e demanda mudanças estruturais, ainda precisa ganhar destaque. Foi assim que nasceu o “Cabe o Gordo?”, projeto criado pela ativista Nadya Machado com base nas suas próprias vivências: “Eu criei o hábito de pesquisar sobre os lugares que pretendo frequentar para saber se ficarei confortável nos assentos, a partir dessa ideia comecei a enxergar a questão da acessibilidade como um problema social. Desse hábito surgiu a necessidade de um guia que mapeasse isso, mas nesse caminho o Cabe o Gordo foi virando mais que isso. Entendi que, assim como eu, muitas pessoas gordas não tem conhecimento sobre a legislação e direitos e, principalmente, que essa não é uma preocupação para pessoas magras”.

O “Cabe o Gordo?” tem posts divididos em três categorias: um guia com os espaços que estão sendo mapeados, posts informativos e posts reflexivos. O processo de pesquisa começa nas redes sociais, onde uma busca por informações sobre assentos e fotos do local é feita, a pesquisa também pode acontecer diretamente com o estabelecimento caso as informações não estejam disponíveis na internet. Os posts informativos são tangentes as questões sobre nossos direitos e como a legislação trata questões de mobilidade e transporte. Algumas informações sobre questões sociais estão disponíveis no site da Câmara e das Assembleias Legislativas. Ainda assim, no geral, há pouca informação sobre direitos de pessoas gordas e há grande dificuldade para encontrar materiais sobre o assunto. Por fim, o perfil tem também os posts reflexivos, onde Nadya usa mais da sua própria vivência enquanto mulher gorda para mostrar para pessoas de todos os tamanhos formas de inserir esse debate em seu dia a dia.  

O trabalho feito no “Cabe o Gordo?” nos dá recursos para compreender o básico dos nossos direitos: “Quando comecei a estudar sobre acessibilidade não sabia que era obrigatório assento maior em espaços culturais e qual era a quantidade estabelecida. O próximo passo agora, e o que mais estamos ansiosos para acontecer, é conseguir que a gente, enquanto militância antigordofobia, se articule pra pleitear medidas que garantam dignidade. Para isso acontecer, precisamos discutir muito sobre inclusão e acessibilidade e alinhar esses eixos. Esse é o meu objetivo enquanto ativista.”, explica 

O projeto já tem boa estrutura e sabe quais caminhos deve seguir, porém ainda tem algumas limitações, principalmente por ser feito por duas pessoas apenas. O sonho de sua criadora é que o “Cabe o Gordo?” mapeie lugares por todo o Brasil fazendo com que os espaços se preocupem com acessibilidade, e talvez a melhor forma disso acontecer seja elegendo representantes em outros estados, para quem sabe ter um @cabeogordo.sp, @cabeogordo.df, @cabeogordo.rj, @cabeogordo.pe. E essa é uma proposta que já está sendo avaliada por Nadya, sempre tendo como foco manter o projeto como uma iniciativa sem fins lucrativos. 

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